FORÇA AÉREA PORTUGUESA NA GUERRA DO ULTRAMAR PORTUGUÊS
Este trabalho visa determinar o contributo da Força Aérea Portuguesa para o esforço de guerra em África, entre 1961-74. Começamos por caracterizar a realidade política que acabou por levar à saída de Portugal de África, isto é, ao movimento descolonizador. Este, em consequência das circunstâncias que resultaram da Segunda Guerra Mundial, ganhou uma força tal que, no início da década de 1960, já tinha provocado o fim da quase totalidade dos impérios coloniais europeus, à excepção do português.
O governo de Lisboa, apesar de todos os indícios, optou por resistir à descolonização em todos os quadrantes possíveis e manter a soberania sobre os territórios africanos. Quando todas as tentativas jurídicas e diplomáticas falharam, mantendo-se o regime ideologicamente intransigente na manutenção do Ultramar, a única opção sobrante foi a resistência militar.
Assim, sendo este trabalho sobre a prestação da força aérea na guerra, procuramos saber como a aviação entrou na realidade militar portuguesa e, acima de tudo, que força aérea foi a partir de 1961 combater em África. Analisamos também outros conflitos semelhantes em que os meios aéreos foram empregues, de forma a estabelecer pontos de comparação e, mais importante, como os meios aéreos devem ser empregues na guerra assimétrica.
Posto isto, apontamos as vantagens dos meios aéreos na guerra assimétrica e as limitações que a força aérea teve na realização da sua missão, para, no final, identificarmos quanto, e como, esta contribuiu para o esforço de guerra, fazendo uma análise independente de cada teatro de operações.
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