top of page

Força Aérea Angola 1967 (FAP)


Súmula Histórica

A publicação não oficial deste pequeno resumo, de autor desconhecido e não datado, pretende tão só trazer à memória dos que foram chamados a servir Portugal no Aeródromo-Base Nº. 3, no Negage, alguns dos factos e acontecimentos mais marcantes, que caracterizaram os primeiros anos de vida daquela importante infra-estrutura da Força Aérea, em terras de Angola. Embora se tenha consciência de que se trata de um texto simples e despretensioso, em certa medida sem o rigor que deve caracterizar os documentos de carácter histórico, considerou-se que a importância que lhe subjaz justifica trazê-lo à luz do dia, constituindo um testemunho fundamental para o conhecimento deste tema pelas gerações actuais e futuras.

Tendo em mente as razões referidas, procedeu-se com o maior cuidado – e respeitando sempre a riqueza descritiva do autor -, à necessária adaptação do texto, mormente, de algumas expressões que à distância de 50 anos e num contexto histórico bem diferente, faziam todo o sentido, mas que hoje, poderiam parecer excessivas.

Finalmente o desafio: Os que dispuserem de elementos julgados por úteis ao esclarecimento da história do AB 3 não devem hesitar em partilhar os seus testemunhos e experiências.

As gerações mais novas saberão agradece

Na sequência de estudos levados a cabo pelo Estado-Maior da Força Aérea, a partir de 1957, deslocaram-se a Angola várias missões da Força Aérea com o objectivo de ali implantar algumas infra-estruturas aeronáuticas. Umas dessas missões, chefiada pelo Gen. Viana Tavares, dirigiu-se ao norte da Província, tendo procedido à observação detalhada da zona próxima da cidade de Carmona.

De regresso a Luanda, a fim de continuar os estudos relativos àquele assunto, foi aquela missão procurada por uma representação do Negage, indicando a existência de um local apropriado junto àquela Vila, e oferecendo total colaboração das suas gentes para a edificação de uma futura Base Aérea naquela região.

No seguimento daquela diligência, o General Viana Tavares sobrevoou a área, percorreu-a de viatura e concluiu que, de facto, o Negage reunia as condições requeridas. Estava escolhido o local da implantação do futuro Aeródromo Base Nº. 3 que veio a ter existência legal, através da publicação do DL 18029 de 31de Outubro de 1960.

Os trabalhos para a construção da pista do Negage começaram em meados de 1960, por uma equipa chefiada pelo Asp. Milº. Eng.º. de Aeródromos, Lousada Borges Pinto.

Quebrada a inércia, começara os movimentos de pessoal e material. Em princípios de Setembro de 1960 chegam ao porto de Luanda os primeiros aviões destinados ao AB3: quatro Austeros, logo reduzidos a três, por acidente durante a descarga de um deles.

Por portaria de 31de Dezembro de 1960 foi nomeado primeiro comandante do AB3, o então, Maj. PilAv Augusto Soares de Moura.

De acordo com as directivas do Chefe do Estado-Maior da 2ª. Região Aérea, Ten.Cor. Lopes Magro, o Ten.Cor. Soares de Moura, procede à transferência dos Austeres para o Aeroporto Craveiro Lopes, em Luanda, onde são montados pelos serviços da DTA.

Ao mesmo tempo, organiza a instrução e procede ao enquadramento do núcleo de pessoal que, entretanto, continuava a chegar.

Pouco depois, o Comandante da 2ª. Região Aérea, Brigadeiro Pinto Resende, ordena que o núcleo do AB3 se instalasse no Norte, o mais rápido possível. A arrancada tem lugar no dia 13Dezembro de 1960 em direcção à cidade de Carmona, dada a impossibilidade de utilizar ainda o Negage e as parcas condições do Toto, São Salvador e Maquela do Zombo.

Seguiram quatro Austeres, quatro pilotos (Ten.Cor. Soares Moura, Alf. Negrão, Saeg. Carvalhão e Sarg. Mesquita) e quatro mecânicos (Sarg. Rúbio, Sarg. Gusmão, Cabo Paiágua e Cabo Antunes). Por terra, em duas viaturas, seguiu o restante pessoal (Ten. SG Maia e os condutores Guerra e Fernandes) e material.

Logo no dia seguinte, perante a curiosidade das populações, iniciam-se os voos de

Familiarização com a área. Cerca de uma semana mais tarde, ocorrem os distúrbios na Baixa do Cassanje, e os aviões do AB3, dirigindo-se a esta área, colaboram com uma companhia de Caçadores Especiais sob o comando do Cap. Teles Grilo.

Poucos dias depois, com a situação já mais calma, os aviões regressam a Carmona, Porém, esta segunda estadia seria também curta.

Em 4 de Fevereiro de 1961 chegam novas ordens: “Destacar para Malange, na manhã de 6 de Fevereiro todos os aviões disponíveis a fim de realizar missões de ligação em proveito das autoridades administrativas e das forças terrestres estacionadas na área” e “levar a efeito missões e esclarecimento às colunas em marcha”.

Seguiram dois Austeres em 6 de Fevereiro e outros dois em 8 de Fevereiro pois, dado existirem já aproximadamente 1000 metros de terreno bem compactado, na berma da futura pista, fora decidido mandar o núcleo instalado em Carmona para o Negage, marcando-se a “inauguração” para o dia 7 de Fevereiro de 1961.

Nessa manhã. Dois Austeres pilotados pelo Ten.Cor. Soares de Moura e Alf. Corte Real Negrão, pousam pela primeira vez em terras do Negage, logo seguidos por um Nord comandado pelo Maj. Krug que trazia a bordo vários convidados e o CEM da 2ª. Região Aérea em representação do Comandante, que decidira ficar em Luanda, devido aos distúrbios que aí se haviam verificado em 3 e 4 de Fevereiro de 1961.

A inauguração foi celebrada com um almoço no Grande Hotel do Negage, estando presente o Governador do Distrito e muitas outras autoridades distritais e concelhias. A partir daqui, o dia 7 de Fevereiro passaria a ser o “DIA DA UNIDADE”.

O AB3 inicia, assim, a sua vida no Negage. Alugam-se casas e barracões para instalar pessoal e serviços. Entretanto, chegam elementos de comunicações e outras especialidades, como foi o caso de 20 homens da Polícia Aérea comandados pelo Alf. Mil. Bettencurt.

O “centro de comunicações” instala-se na cozinha duma casa, enquanto o Comandante, pomposamente, utiliza a casa de jantar como gabinete.

Em 2Março, os aviões regressam de Malange, sendo um dos pilotos o Alf. Pil. Costa Anjos, que havia sido enviado como reforço.

Acabara a chamada “Guerra do algodão” e os aviões do AB3 haviam cumprido variadíssimas missões, num total de 196 e 25 minutos de voo.

Pilotos e mecânicos recebem os primeiros elogios e citações pelo espírito de sacrifício e sentido do dever demonstrado, passando aliás a ser apanágio da nova unidade.

Enquanto o pessoal de terra ia sendo reforçado com a chegada de novos elementos, os pilotos prosseguiam os seus voos de familiarização por todo o Congo Português.

Chega a fatídico dia 15 de Março de 1961. Embora surpresos e confusos com as alarmantes e contraditórias notícias que chegavam de toda a parte, as tripulações do AB3, a bordo das suas aeronaves vigiam do ar os acontecimentos, na ânsia de perceber o que se passa. “…descolei em direcção ao Quitexe, a poucos quilómetros. Sobrevoei a área. Cheguei perto de Zalala, mas demorei sobretudo no Quitexe.

Não compreendia bem o que se passava, mas via muitas sanzalas a arder, uma fila de carros, camionetas e carrinhas no centro da povoação e a população a olhar para o avião, com as espingardas a tiracolo, ou simplesmente encostados às viaturas…”.

No dia seguinte, um DC–3 da DTA aterra no Negage, larga uma multidão de passageiros, na maioria mulheres e crianças e descola de seguida com um “até já”. Algum tempo depois, regressa com igual número e género de passageiros

Mais tarde aparece o Nord que vinha buscar o pessoal para Luanda. Estava montada a linha de evacuação da população civil. A maioria da população evoluída do Norte de Angola afluía ao Negage de avião (DTA, Aeroclubes e Austeres da FAP), de viatura e, até, a pé, para daí seguir de Nord e DC-3 da DTA, para Luanda.

O pessoal do AB3 não parava, tinha que receber, consolar e, principalmente, disciplinar as multidões descontroladas. Davam-se cenas chocantes de reencontro e separação, de egoísmo e altruísmo, de abnegação e desumanidade ou desespero, numa amálgama irreal e indescritível. A Cruz Vermelha e a Administração assistiam como podiam às massas que em número cada vez maior afluíam à pista do Negage. Não havia instalações ou abrigos. Tudo se processava sob chuvas torrenciais que transformavam o terreno num autêntico lodaçal. Entretanto os Austeres andavam por toda a parte, levando munições e alimentos e trazendo mulheres e crianças, doentes ou feridas, assim como informações preciosas para as colunas de socorro que aos poucos se iam formando. Enquanto as obras da futura Base progrediam dia a dia, faziam-se face às necessidades imediatas.

Assim, improvisou-se um estacionamento para aviões, montaram-se tendas, e iniciou-se a construção de um barracão com madeira e chapa de zinco que, com os tempos, foi sendo alargado, chegando a ter um primeiro andar. Outros trabalhos mais pequenos se lhes seguiram. Vedou-se a área com arame farpado, instalou-se iluminação, construíram-se torres de defesa, etc.

Criou-se um pequeno mundo que durou até fins de Setembro de1961, quando ficaram prontas algumas das instalações actuais. Esses meses foram um autêntico quebra-cabeças para os sacrificados mecânicos, dada a presença constante de chuvas, seguidas das poeiras encarniçadas que tudo invadiam. Com o pessoal da defesa, colaboravam mecânicos e pilotos, em turnos, não fosse haver uma emergência de madrugada e a estrada entre a pista e a Vila (cerca de cinco quilómetros), aparecer cortada.

Em fins de Março, chegaram quatro T-6. O pessoal do AB3 que até ai se limitara a responder aos ataques dos guerrilheiros com tiros de pistola através das janelas dos Austeres, ou lançando uma ou outra granada de mão – a muito custo cedidas pelas escassas forças militares - , passou a ter qualquer coisa para ripostar.

Harvards com metralhadoras! Infelizmente, um dos aviões precisou logo de substituir um motor, ficando somente três operativos, durante algum tempo. Não se parava! Austeres e T-6 estavam no ar, sempre que humanamente possível!

Os pedidos choviam de todos os lados e por todas as vias. Estabeleceu-se mesmo um código de pedidos de apoio em colaboração com o Administrador do Negage, António dos Santos Reis e com o Sr. Loures, chefe do C.T.T. do Negage, através de quem chegavam a maior parte dos pedidos. Passados os massacres iniciais, os guerrilheiros voltaram-se para as povoações e para as grandes fazendas

As populações, de um modo geral, decidiram ficar e resistir, tornando-se necessário apoiá-las e reabastecê-las. O AB3 lança-se à obra e os seus aviões aterram em pistas improvisadas, ruas, picadas e terrenos de café, levando mantimentos, munições, correio, etc. Quando é de todo impossível a aterragem, procede-se ao lançamento de carga, colaborando nestas operações, de forma decisiva os Nords e os PV-2 da Base Aérea Nº. 9, em Luanda. Povoações como Mucaba, Songo, Nova Caipemba, Bembe, Damba, Trinta e um de Janeiro, Sanza Pombo, Quimbele e tantas outras, passam a ser regularmente escaladas ou sobrevoadas pelos aviões da Força Aérea.

A acção do AB3 não se limitou porém ao elemento aéreo. O seu pessoal – Polícia Aérea, mecânicos e, até pilotos – patrulha assiduamente os arredores de Negage, formando com os civis, colunas de socorro a fazendas e povoações.

Em meados de Abril, uma coluna da Força Aérea constituída pelo pessoal do AB3, incluindo o próprio Comandante, pára-quedistas e alguns civis, partiu de Negage para reabastecer a Vila de Mucaba. Embora não tivesse encontrado resistência, demorou 14 horas a percorrer 98 km, devido às inúmeras árvores, valas e buracos que obstruíam as estradas. Foi garantida cobertura aérea desde as primeiras horas da manhã, levando-se a efeito uma verdadeira cooperação Aeroterrestres, graças aos rádios dos pára-quedistas, levados a bordo de um dos Austeres e na própria coluna.

Em 29 de Abril de 1961 os pára-quedistas teriam de regressar a Mucaba para socorrer a povoação de um violento ataque. Desta vez, porém, as nossas forças, viram-se a braços com forte resistência inimiga, tendo a coluna de socorro sofrido algumas baixas.

Pessoal e material chegavam em ritmo cada vez mais acelerado. Em fins de Abril já existiam 14 pilotos, 4 Harvards, 4 Austeres e 4 DO-27 a operar a partir do AB3, e as infra-estruturas também cresciam, não só no Negage, mas também no Toto e em Maquela.

A história do AB3 está intimamente ligada aos serviços de Infra-estruturas da Força Aérea. O que as “Infras” realizaram no Negage durante o ano de 1960 não pode deixar de ser mencionado. Lutando com imensas dificuldades, realizaram em escasso tempo, uma obra gigantesca e duradoura. Mais tarde, ao ver o que se fizera, um eufórico jornalista afirmaria: “…quase toca as raias do milagre”.

Homens como o Maj. Engº. Carloto de Castro, Cap. Engº. Teixeira de Almeida, Alf. Borges Pinto, Alf. Engº. Ferreira Pinto, Engº. Carreira, Topógrafo Loureiro e tantos outros, mesmo o mais humilde dos trabalhadores, ficaram para sempre ligados à história do AB3. Eles também em uníssono, provaram que “…

MUITO PODE QUEM QUER

Justas foram por isso, as referências do Secretário de Estado da Aeronáutica, feitas mais tarde, qualificando de “enorme” a obra levada a cabo. Referindo-se aos homens, afirmou: “… souberam colocar o seu País acima dos seus interesses, da sua saúde da sua vida”.

Com a chegada dos primeiros batalhões vindos da Metrópole, a recuperação inicia-se e a acção do AB3 alarga-se. Os seus aviões colaboram em todas as grandes operações. Pedra Verde, Nambuangongo, Serra da Canda, Sacandica, e tantas outras.

Apoiam os batalhões que progrediam para o Norte. O “88” em direcção à Damba e Maquela e o “92” para Sanza Pombo e, mais tarde, Quimbele, Santa Cruz e Massalo.

Nada é rotina, nada é impossível. Há sempre uma inovação, um novo conceito de emprego, uma nova táctica, uma nova missão. Assim. Dados que as progressões para Santa Cruz e Quimbele estavam muito atrasadas, decidiu-se ir lá levar as tropas, estabelecendo uma espécie de ponte aérea.

Em Junho de 1961, os DO-27 do AB3 saem de madrugada e, num vaivém contínuo entre Sanza Pombo e Santa Cruz, colocam nesta última um pelotão completo com os respectivos equipamentos, munições e provisões.

Aterrava-se na rua principal no único sentido e descolava-se noutra rua, em sentido inverso, o que se fazia já desde 4 de Junho.

Dias depois fez-se o mesmo em relação a Quimbele, utilizando uma espécie de pista improvisada pela população junto à estrada da vila.

Como nota curiosa há a referir que o primeiro avião que aterrou levava um enxoval de bebe, oferta da Cruz Vermelha, para uma senhora em estado último de gravidez.Os perigos de aterragem e descolagem, naquela nesga de terra semi-preparada, foram enormes, mas por sorte, não houve qualquer acidente.

Os pilotos do AB3 tinham razões para se sentirem satisfeitos e orgulhosos!

Era a primeira vez , desde Março, que alguém chegava a Quimbele. Nenhuma outra população estivera tanto tempo completamente isolada, nem tinha, como esta, mulheres e crianças entre a população.

Correram lágrimas pelas faces! E não foi só entre a população!

De maior envergadura, pela distância, e pelo volume de tropas transportadas foi a deslocação para São Salvador, em DO-27, de uma Companhia de paras que haviam saltado sobre Quipedro. Nesta missão, colaboraram também alguns DO-27 da BA9.

Com a chegada de mais efectivos, aumentam as operações e, consequentemente, alarga-se a área de acção do AB3.

Dada a distância a que se passavam as operações, nascem os destacamentos eventuais e permanentes e, assim, locais como Quitexe, Nambuangongo, Toto, São Salvador, Cabinda, Ambrizete e muitos outros passam a ser locais normais de estacionamento de aviões.

Em 10 de Setembro de 1961 começa a abandonar-se as instalações improvisadas na berma da pista e inicia-se a utilização de alguns edifícios e hangares da actual Base.

O facto é comemorado com um festival aéreo, incluindo pára-quedistas e almoço volante de confraternização. Procede-se ainda à apresentação de uma revista humorística intitulada “Catanadas”, de autoria do pessoal da Base.

A inauguração oficial do AB3 só teve lugar porém, em 4 de Junho de 1962, com a presença do secretário de Estado da Aeronáutica, Cor. Kaulza de Arriaga e outras altas individualidades militares e civis.

Procedeu-se à entrega da Bandeira Nacional à Unidade, seguida das condecorações conferidas a vários elementos que se haviam distinguido.

Destes, sobressaíram como mais significativos o próprio Comandante, agraciado com as Medalhas de Cruz de Guerra de 1ª. Classe, e de Prata de Serviços Distintos, com Palma. O Alf. Mil. António dos Santos Bettencourt foi agraciado com a Medalha de Serviços Distintos, com Palma, como reconhecimento da sua actuação, extremamente meritória em várias acções terrestres, durante os primeiros meses de sublevação.

Em discurso proferido no início das cerimónias o Secretário de Estado Da Aeronáutica rendeu justa homenagem ao pessoal do AB3, afirmando que “…àqueles carecendo de quase tudo, dispondo de quase nada, em constante perigo de aniquilamento, souberam pela sua tenacidade, coragem, poder improvisador e saber, agigantar-se! Na realidade, muito se fez aqui pela Pátria”.

De facto, muito se fizera ali pela Pátria e o dia 4 de Junho de 1962 foi a consagração desse punhado de autênticos heróis, cuja coragem, abnegação e perícia “a todos, amigos e inimigos, assombrou”. A acção do AB3 não se limitou ao Norte de Angola.

Em fins de 1961 era já responsável por um destacamento em Malange.

Em 1962, os seus aviões procediam ao reconhecimento da Lunda e Moxico, estendendo-se no ano seguinte, ao Planalto Central e, depois ao Sul, onde efectuam voos de soberania e de reconhecimento.

Nesse ano o AB3 atinge o seu apogeu: Com mais de 60 aviões no seu efectivo ultrapassam-se as 19.000 horas de voo e mantêm-se cinco destacamentos permanentes no Norte, Cabinda, Malange e Luso.

O Aeródromo Base 3 incluía o Aeródromo de Manobra 31 em Maquela do Zombo, o Aeródromo de Manobra 32 no Toto, e o Aeródromo de Manobra 33 em Malange.

Este último foi depois desactivado, mas ficou ali a funcionar uma parte da Força Aérea Voluntária (FAV 203).

A diminuição das actividades militares no Norte de Angola, permitiu que as operações aéreas levadas a cabo pelo AB3 viessem para níveis considerados “normais”, tendo, a partir de 1968, registado valores da ordem das 10.000 horas de voo.

A sua capacidade em termos organizativos e de infra-estruturas, continuou porém, em condições de rapidamente aumentar aquele esforço, mal as necessidades operacionais assim o exigissem.

O espírito de bem servir, a abnegação e a voluntariedade das suas gentes, foram uma constante, sendo justo afirmar-se que aquela Unidade da Força Aérea, durante toda a sua existência, levantou bem alto o lema: “MUITO PODE QUEM QUER”.

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page