top of page

TROPAS DE OPERAÇÕES ESPECIAIS/RANGERS - HOMENAGEM


Homenagem às Operações Especiais/Rangers (Exército Português)

DIREITOS DE AUTOR: ARQUIVO RTP

UNIDADE MILITAR DE LAMEGO (do R.I.9 ao C.I.O.E.)

BREVES APONTAMENTOS HISTÓRICOS

A presença ininterrupta e mais que centenária do Exército em Lamego, remonta ao longínquo mês de Agosto de 1839, data em que na cidade e no velho convento de Santa Cruz (ver a história do convento no anexo I), ficou instalado o Regimento de Infantaria n.º 9 sob o comando do Marechal de campo José Athamásio de Almeida. Do Regimento de Infantaria n.º 9 O Regimento de Infantaria n.º 9 (ver historial do Regimento no anexo II), criado em 1806, em Viana do Castelo, foi transferido para Lamego, em 1839, depois de ter estado sediado temporariamente em Guimarães, Braga e Bragança. Várias foram as campanhas em que o Regimento tomou parte, nomeadamente na Guerra Peninsular, nas Lutas Liberais, na Divisão Auxiliar a Espanha e na primeira Guerra Mundial e em todas elas a sua actuação foi sempre prestigiante. Em alusão ao valoroso comportamento no 3.º Sítio de Badajoz, foi-lhe concedida a seguinte legenda camoniana. “E JULGAREIS QUAL É MAIS EXCELENTE SE SER DO MUNDO REI, SE DE TAL GENTE ” Pela sua brilhante actuação, quando fazendo parte do corpo Expedicionário Português na primeira Guerra Mundial, (ver resumo da participação no anexo III) foi louvado nos seguintes termos: “Pela bravura com que se bateu, no combate de 14, mantendo-se nas suas posições apesar do violento bombardeamento do inimigo, elevando ainda mais o prestígio da 1.ª Divisão. Em todas as reuniões da sua Brigada o 9 formará á direita”. Por esta sua actuação, trazida neste louvor, foi o R. I. 9 condecorado colectivamente com a Ordem Militar da Torre e Espada. A cidade esculpiu em granito este louvor, que colocou na base do monumento aos Mortos da Grande Guerra e atribuiu na toponímia da cidade o nome do “seu” regimento, numa das principais avenidas. Ao Centro de Instrução de Operações Especiais Em 1960, em consequência da reestruturação então operada no Exército, foi extinto o R.I. 9 e por Decreto-Lei 42926, em sua substituição, criado em 16 de Abril de 1960, o Centro de Instrução de Operações Especiais (ver anexo IV) que do velho e glorioso regimento herdou as suas tradições e património histórico-militar. Ao C.I.O.E. foi cometida a missão de instruir os Quadros do Exército, nas várias modalidades de “Operações Especiais”, realizar estágios de Subunidades, tendo em vista aperfeiçoar a sua actuação numa ou mais modalidades destas operações; e levar a efeito estudos que, de qualquer modo, contribuíssem para melhorar a eficiência das Forças Armadas, no que diz respeito à sua actuação em “Operações Especiais” designadamente nas de maior interesse para a defesa do Território Nacional. Aqui foram instruídas as primeiras Companhias de Caçadores Especiais e algumas de Comandos e, aqui, receberam instrução através de estágios diversos e cursos de “Operações Especiais”, mais de quatro mil Oficiais e Sargentos que aqui se impregnaram no espirito do seu lema: “QUE OS MUITOS POR SER POUCOS NAM TEMAMOS” Durante cerca de 15 anos, com extraordinária vontade e com reconhecido valor, o C.I.O.E. devotou-se totalmente à sua nova missão de instruir quadros de Operações Especiais e de algumas Subunidades , preparando-os para as campanhas de África, então iniciadas, e que nas três frentes no período compreendido entre 1961 e 1974, demonstraram possuir alta noção do seu dever, e se cobriram de glória em muitas das acções em que tomaram parte. A extrema dureza e realismo imprimidos á instrução de Oficiais, sargentos e praças, tornou o C.I.O.E. sobejamente conhecido em todo o Exército. Tendo tomado parte activa no movimento do 25 de Abril de 1974, o C.I.O.E. viria a ser extinto em 31 de Julho de 1975, por despacho n.º 37 de 14 de julho daquele ano, do Gen. CEME (ver anexo V). À Escola de Formação de Sargentos Em 1 de Agosto de 1975, no quadro de reestruturação então operada nas Forças Armadas, foi o C.I.O.E. extinto e, em sua substituição, criada a Escola de Formação de Sargentos, cuja missão prioritária foi a de ministrar aos futuros sargentos que desejavam ingressar no QP, os conhecimentos militares essenciais ao desempenho das suas futuras missões, nomeadamente o comando de unidades elementares (secção ou equivalente) e ao exercício de funções em órgãos de serviços técnicos administrativos e logísticos. Missão nobre e de inegável importância, foi cumprida com elevado espírito de missão junto dos cerca de 1100 instruendos que aqui foram instruídos, com aproveitamento e que, posteriormente, foram distribuídos pelas diferentes Armas e Serviços do Exército. E novamente, o Centro de Instrução de Operações Especiais A importância crescente que a instrução de “Operações Especiais” assume nas nossas Forças Armadas foi entretanto reavaliada e, a Unidade de Lamego, novamente foi seleccionada, para no conjunto das Unidades do Exército, instruir especialistas de Operações Especiais. Assim, em 01 de Fevereiro de 1981, foi extinta a Escola de Formação de Sargentos e, em sua substituição, foi criado o Centro de Instrução de Operações Especiais fiel depositário de tradições e património histórico-militar do R.I. 9 e, também, legítimo possuidor das tradições e património histórico-militar do anterior C.I.O.E. Heráldica Introdução: Heráldica é a ciência que tem por objecto o estudo das Armas – Emblemas cromáticos distintivos de uma família, de uma comunidade, de um grupo ou de um indivíduo e, complementarmente, a arte da sua ordenação e descrição escrita e iconográfica. Heráldica do Exército: Terminado o rescaldo da 1.ª Guerra Mundial, a portaria de 28 de Janeiro de 1924 é o primeiro passo para preencher o vazio legal sobre heráldica então existente no Exército. Em 1966 foi criado, na dependência directa do CEME, o “Gabinete de Heráldica do Exército”, agora com a missão global de ordenar a Heráldica e a Vexilologia do Exército. Após trabalho profundo e especializado, culminou com a portaria n.º 24107, de 3 de Julho de 1969, que aprovou as “Normas de Heráldica do Exército” e o “Regulamento da Simbologia do Exército”, primeiros documentos regulamentares da matéria na história contemporânea nacional. Em 1976, o Gabinete de Heráldica passou a integrar-se na Direcção do Serviço Histórico-Militar. É baseado neste contexto que: O Brasão de Armas Por despacho de 05 de Junho de 1981, do Gen. CEME, foi aprovado o Brasão de Armas do C.I.O.E. (ver anexo VII). Estandarte Por despacho de 12 de Fevereiro de 1982, o Gen. CEME, aprovou o modelo do estandarte do C.I.O.E. (ver anexo VIII). ********************************************************* Insígnias - Indicativo de “Operações Especiais” (ver anexo IX) Por despacho de 19 de Julho de 1970, do Ministro do Exército, destinado a todos os militares com a especialidade, manufacturado em bronze e constituído por dois gládios passados em aspa, acompanhados à dextra e à sinistra por uma folha de louro e uma de carvalho, ambas frutadas, a usar do lado direito do peito acima da pestana da algibeira do dólman ou blusão. - Emblema de boina (verde seco) do C.I.O.E. (ver anexo X) Por despacho de 06 de Fevereiro ... do Gen. CEME, PUNHAL em pala, apontado para cima, símbolo generalizado das Forças Especiais, evoca o poder, FOLHA DE CARVALHO simboliza a vontade, FOLHA DE LOURO simboliza o valor, TROMPA DE CAÇA simboliza as Unidades de Caçadores, nomeadamente, as de CAÇADORES ESPECIAIS primeiras Unidades Especiais do Exército com origem no C.I.O.E. Confecção: Em metal amarelo. Louvores e Condecorações A 25 de Maio de 1983, sua Excelência o Presidente da República louvou e condecorou o C.I.O.E. com a medalha de Ouro de Serviços Distintos (ver anexo VI). E é fiel depositário da medalha de Cruz de Guerra de 1.ª classe, concedida à 3.ª Companhia de Comandos (Guiné 1968). COMANDANTES DA UNIDADE MILITAR DE LAMEGO R.I. 9 1837-1842 - Cor. José Athamásio de Almeida 1842-1846 - Cor. Bernardo de Gouveia Pereira 1846-1847 - Cor. Bernardo José de Abreu 1849-1862 - Cor. José Manuel da Cruz 1863-1869 - Cor. João António Marçal 1870 - Cor. Francisco de Sales Machado 1870-1872 - Cor. Luís António Osório 1872-1873 - Cor. Bernardo António de Figueiredo 1874 - Cor. Manuel Gonçalves Pinto Júnior 1875-1876 - Cor. Francisco António de Carvalho 1876-1883 - Cor. João António Ferreira dos Santos 1884 - Cor. Domingos António Gomes 1884-1885 - Cor. Dioclediano Victor Araújo de A. Rodado 1885 - Cor. Domingos Teodoro Magno da Cunha 1885-1886 - Cor. Manuel Joaquim Marques 1886-1889 - Cor. Carlos Augusto Pereira Chaby 1889-1893 - Cor. José Joaquim Ilharco 1893-1898 - Cor. António Cândido Rosado Jara 1898 - Cor. Francisco Gonçalves Costa 1898-1899 - Cor. Júlio Augusto Nascimento e Silva 1899 - Cor. Francisco Augusto Martins Carvalho 1899-1900 - Cor. José Vicente Consulado Júnior 1900 - Cor. José Pedro Kuchenburk Villar 1900-1902 - Cor. José Inácio de Mello P. de Vasconcelos 1902-1903 - Cor. José de Figueiredo 1903-1904 - Cor. José Joaquim Bettencourt da Câmara 1904 - Cor. Bartolomeu Sezinando Ribeiro Artur 1904-1905 - Cor. José Maria de Almeida 1905-1907 - Cor. Luís Maria Teixeira Lopes 1907 - Cor. Joaquim Andrade Pissarra 1907-1908 - Cor. Arsénio da Silva Moreira 1909-1910 - Cor. Abel Augusto Nogueira Soares 1910 - Cor. José Ferreira da Silva Júnior 1910 - Cor. José Júlio Martins Correia 1910-1911 - Cor. Aires Osório de Aragão 1911-1912 - Cor. José Augusto Pinto Machado 1912-1914 - Cor. Joaquim José de Castro Júnior 1914-1915 - Cor. Domingos Beleza da Costa 1915-1916 - Cor. António Aparício Ferreira 1916-1917 - Cor. Gaspar da Cunha Prelada 1918 - Cor. Angelo Leopoldo da Cruz e Costa 1919 - Cor. José Francisco de Barros 1919-1925 - Cor. José Augusto Cardoso 1925-1926 - Cor. António Maria da Costa Zagalho 1927-1931 - Cor. Manuel Teles Amaro 1932-1933 - Cor. José Estevão Cunha Victória Pereira 1934-1935 - Cor. Joaquim Leitão 1935-1936 - Cor. Joaquim Gonçalves Ribas 1936 - Cor. Luís de Nascimento Dias 1937 - Cor. Fernando de Castro Gonçalves 1938-1939 - Cor. José Marques Escrivanis 1939 - Cor. Joaquim Peixoto Martins Mendes Norton 1939 - Cor. Ciríaco José da Cunha Júnior 1939-1940 - Cor. Augusto Martins Nogueira Soares 1940-1941 - Cor. Jaime Rodolfo Morais e Silva 1941-1942 - Cor. Francisco Monteiro de Carvalho Lima 1942 - Cor. Joaquim Maria Neto 1943-1944 - Cor. Malaquias Augusto de Sousa Guedes 1944-1946 - Cor. Henrique Alberto de Sousa Guerra 1947-1950 - Cor. Arnaldo Lopes Ramos 1950-1952 - Cor. Vergílio Pereira Estrela de Oliveira 1952-1953 - Cor. Gervásio Martins Campos de Carvalho 1953-1954 - Cor. Joaquim Cardoso Moura Bessa 1954-1955 - Cor. Afonso Martins Correia Gonçalves 1955-1957 - Cor. Arnaldo Alfredo Fontes 1957-1959 - Cor. Eduardo Pinto Barradas C.I.O.E. 1960-1961 - Ten. Cor. José Manuel Henriques da Silva 1961-1965 - Cor. Flamínio Machado da Silveira 1965 - Ten. Cor. David Teixeira Ferreira 1965-1967 - Ten. Cor. João A. Teixeira Henriques 1967-1968 - Ten. Cor. António Manuel Baptista de Carvalho 1968-1969 - Cor. João G. Pessanha 1969-1970 - Ten. Cor. António Dias Machado Correia Diniz 1970-1971 - Ten. Cor. Fernando Lisboa Botelho 1971-1972 - Ten. Cor. Mário Hernani V. Mendonça 1972 - Cor. António Dias Machado Correia Diniz 1972-1973 - Cor. António Adelino Antunes de Sá 1973-1974 - Cor. Amilcar José Alves 1974-1975 - Ten. Cor. Alcides José Sacramento Marques 1975 - Cor. Mário Hernani V. Mendonça E.F.S. 1975-1977 - Cor. Carlos Alberto Gomes Saraiva 1977-1978 - Cor. João de Almeida Bruno 1978-1980 - Cor. Mário Lemos Pires 1980-1981 - Cor. José dos Santos Carreto Curto C.I.O.E. 1981... C.T.O.E. ...2008

PESQUISA EFECTUADA POR:António José Gonçalves

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page