NOMENAGEM AOS HERÓIS DAS TROPAS PARAQUEDISTAS NO ULTRAMAR PORTUGUÊS
PEDIDO DE DIREITOS DE PUBLICAÇÕES
Exmo. Senhor António Gonçalves
Acusamos a receção do seu e-mail, o qual mereceu a nossa melhor atenção.
Aproveitamos a oportunidade para informar V. Exa. que o Exército tem publicados no link https://www.youtube.com/channel/UC6W8hHiEGFFckyKidv6Zdaw diversos conteúdos em vídeo que, dado que são públicos, poderão ser utilizados por
V. Exa.
Com os melhores cumprimentos,
[if IE]> <![endif][if IE]> <![endif]Rio dos Bons Sinais: Na Guerra do Ultramar - Portugueses mais ou menos esquecidos
D. FRANCISCO DE BRAGANÇA VAN UDEN Francisco van Uden foi o primeiro da família, exilada durante 115 anos, a nascer em Portugal, e espera viver até aos 100 – como a sua mãe, neta do Rei D. Miguel. Fez o curso dos Comandos e esteve na Guerra do Ultramar,
<< Um dia fui chamado pelo comandante-chefe (Moçambique) e o adjunto dele disse-me: ‘Sabe porque é que o comandante o mandou chamar? Ele vai pedir para fazer outra comissão. Não se meta nisso, vá para casa’. Era o Major Tomé da UDP. O comandante falou comigo e disse que estávamos a ganhar a guerra no mato e que tínhamos o apoio da população. Disse que precisava de tropas especiais e convidou-me para ir para o Dondo apoiar o grupo de pára-quedistas especiais africanos. Pedi-lhe 15 dias de férias para visitar a família em Portugal e voltei para lá. Fiz o curso de pára-quedista e fui coordenar as companhias de GEPs [Grupos Especiais de Pára-quedistas] de toda a zona de Tete>> << No dia 25 de Abril fui ao bar às 10 da manhã, no comando das ZOT [Zona Operacional de Tete]. A rádio BBC estava a dar a notícia do golpe de Estado em Lisboa. Na sequência do 25 de Abril, o comandante do CIGE [Centro de Instrução de Grupos Especiais] convidou um comissário para dar aulas, onde se dizia que a Frelimo é que eram os bons e nós os maus. Foi um choque terrível. Com um grupo de oficiais da Beira definimos que manteríamos o combate para defender a população de Moçambique. As pessoas não falam nisso, mas 40% do orçamento militar do Ultramar era dedicado à acção de apoio às populações>>.
<< Antes de embarcar, (em Moçambique, para Lisboa, 1974, pós 25 de Abril) começam a chegar oficiais dos GEPs (Grupos Especiais de Pára-quedistas - negros) e um deles, o mais velho, oferece-me um presente e diz: ‘O nosso coração está muito contente porque o capitão vai finalmente para junto da sua família, mas e nós? Qual vai ser o nosso futuro?’. Eu tinha sido educado que um homem não chora, mas começaram-me a cair as lágrimas pela cara abaixo. Senti nos meus ombros o peso da traição profunda que Portugal estava a fazer àquela gente.>> Do: Site oficial da Familia Real Portuguesa EndFragment