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O Legado dos Comandos Portugueses AUDACES FORTUNA JUVAT


ASSIM SE FORJAM OS “COMANDOS” MAMA SUMAE - Audaces Fortuna Juvat HistóriaO termo nasceu a partir da designação de Kommando que os Boers da África do Sul davam às suas tropas de operações especiais na Guerra contra os britânicos no princípio do séc. XX. A palavra boer Kommando por sua vez terá tido origem no termo Português Comando, no sentido de grupo de tropas sob um comando comum. Essas tropas actuavam em pequenos destacamentos, que se deslocavam normalmente a cavalo, e lançavam ataques rápidos contra as tropas britânicas.Durante a 2ª Guerra Mundial tanto os britânicos como os alemães decidiram reutilizar este termo para designar as novas tropas de operações especiais que tinham formado (as britânicas designadas Commandos e as alemãs Kommandos). Posteriormente o termo foi utilizado por outros países para designar algumas das suas forças de elite.Os COMANDOS são uma unidade de forças especiais do Exército Português. O seu lema é "Audaces Fortuna Juvat"(A Sorte Protege os Audazes) e o seu grito de guerra é "MAMA SUMAE"(que pode ser traduzido como "Estamos Aqui, prontos para o sacrifício" - foi tomado da Tribo Bantu da África do Sul). Foram criados como uma Força Especial de Contra-Guerrilha, respondendo á necessidade do exército de ter unidades especializadas adaptadas para esse tipo de guerra que , em 1961 começou em Angola e mais tarde na Guiné Portuguesa (atualmente Guiné-Bissau) e Moçambique. Estas unidades tem capacidade para:* conduzir ações especiais no território português ou no estrangeiro* lutar como infantaria de assalto / tropas de choque* providenciar altos comandos políticos e militares com capacidade para executarem operações especiais.O primeiro objetivo do exército foi criar uma força especial para preparada para operações de contra-guerrilha, mas os Comandos Portugueses também participam em outras operações, com unidades especiais organizadas para cada operação, e em missões de assalto, com características de guerra convencional, especialmente nos últimos anos de guerra colonial , quando operaram como um batalhão, apoiado pela artilharia e força aérea.A história dos Comandos Portugueses começou em 25 de Junho de 1962, quando, em Zemba(Norte de Angola), os primeiros 6 grupos predecessores dos Comandos, foram formados. Para a preparação desses grupos foi criado o CI 21 Centro de Instrução de Contraguerrilha comandado pelo Tenente Coronel Nave, e teve como instrutor, o fotógrafo e ex-Sargento da Legião Estrangeira Francesa, o italiano Dante Vachi, com experiência nas guerras da Indochina e da Argélia.Os seis grupos preparados neste centro conseguiram excelentes resultados operacionais. O Comando Militar em Angola decidiram evoluir essa instrução e a integração dessas unidades na orgânica do exército, e em 1963 e 64, CI 16 e CI 25 foram criados em Quibala (Angola). Pela primeira vez, o termo "Comandos" foi aplicado ás tropas instruídas nesses centros.Em 13 de Fevereiro de 1964, o primeiro curso de Comandos em Moçambique foi iniciado em Namaacha (Lourenço Marques, atual Maputo) e em 23 de Julho desse mesmo ano, em Brá (Guiné-Bissau), o primeiro Curso de Comandos da Guiné.Instrução Em Portugal, os Comandos nasceram na guerra e para fazer a guerra. A instrução tinha o objetivo de preparação tinha duas características - a prática e realismo - baseado em dois aspectos: o combate técnico e preparação psicológica. Tudo isto tendo uma fundação de seleção física e psicológica com altos valores.A preparação psicológica para a guerra é talvez o aspecto que mais distingue os Comandos. O seu objetivo é transformar um homem num soldado auto-disciplinado, competente e efetivo em combate, preparado para lutar em qualquer situações e condições. A componente psicológica é provavelmente a mais importante da instrução, assumindo que ela é a sua arma principal.Para o perfeito domínio do desejo sobre todos os outros instintos, a instrução de um Comando exige testar os limites da resistência do recruta, aspirando fazer de cada um o mestre do seu próprio desejo.Organização Numa primeira fase, os Comandos estavam organizados em grupos independentes compostos de voluntários vindos dos batalhões de infantaria, que formavam as unidades de intervenção. O sucesso desses grupos significou que rápidamente começaram a estar sob as ordens do Comandante-em-Chefe e Comandos Militares para conduzir Operações Especiais. Organização dos Grupos(exemplo):* uma equipa de comando(um oficial, um batedor, um médico, dois soldados)* três equipas de manobras(um Oficial não-comissionado, quatro soldados)* uma equipa de apoio(um Oficial não-comissionado, um soldado com RPG, e um soldado de munições, dois soldados)Esta organização de um grupo de cinco equipas e cada equipa com cinco homens sofreu adaptações, mas a célula-base, a equipa de cinco homens, permaneceu durante a guerra.A evolução da guerra revelou a necessidade de ter mais soldados Comandos e unidades independentes, capazes de operar durante longos períodos de tempo auto-sustentados: razões que levaram á criação de Companhias de Comandos. A primeira companhia foi formada em Andola e a sua instrução começou em Setembro de 1964. O seu Comandante, Capitão Albuquerque Gonçalves, recebeu o estandarte da unidade em 5 de Fevereiro de 1965. A segunda companhia tinha como destino Moçambique, comandada pelo Capitão Jaime Neves. A organização e princípios dos Comandos Portugueses, inspirados pela Legião Estrangeira Francesa e nos Pára-Comandos belgas, tinham adquirido uma grande mobilidade e criatividade e técnicas de combate em Contra-Guerrilha, muito bem definidas e apoiada em permanente inovação.A composição e organização das Companhias de Comandos estavam sempre adaptadas ás circunstâncias e situações, embora durante a guerra fosse possível verificar dois modelos, as companhias mais pequenas e grande companhias. As ex eram compostas por quatro grupos de comandos, cada um com quatro sub-grupos, constituído por 80 homens e com pequenos componentes de backup.

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