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A REVOLTA DO LESTE - ANGOLA A UNITA ATACA NO LESTE


1º- O MPLA, movimento fundado em Luanda, em 1956 depois da fusão de outras organizações políticas, então existentes: MINA, e PLUA proclamou desde então uma orientação que correspondia verdadeiramente às aspirações do nosso povo. 2- Em1959 depois de uma grande actividade política desenvolvida pelos dirigentes do MPLA em Luanda, começou a grande caça aos dirigentes do MPLA pelo PIDE, dai o histórico processo dos 50 que culmina com a prisão dos dirigentes do MPLA. 3º Em 1961, o MPLA ataca as cadeias de Luanda, a 4 de Fevereiro com único intuito de liberdade os seu que estavam ali encarcerado foi o único da insurreição armada, que rapidamente se estendeu para o interior, onde houve a adesão das massas que em15 de Março se levantaram sob os auspicio da UPA. 4º Dificultado de organizar as suas tropas a partir do interior, quer dizer, a partir de Luanda, o MPLA procurou enviar os seus militantes para o Zaire, então Congo, para preparar as suas forças armadas e continuar duma forma organizada a luta armada que havíamos começado. 5º As diferenças socoio-economicas que imediatamente se puseram entre os compatriotas que já viviam no Zaire e os seus que acabavam de chegar de Angola foram aproveitadas pelas forças externas, que arranjando como subterfúgios, diferenças ideológicas, aprofundaram as diferenças entre o MPLA e FNLA, chegando – se a desencadear conflitos, que encheram de mancha negra a luta heróica do nosso povo. Com todos estes conflitos o MPLA não conseguiu implantar-se abertamente no Zaire, tendo começado a instalar a sua sede em Conacry. 6º Conacry, situa-se a milhares de quilómetros de Angola, não facilitou o controle da nossa luta no interior, mas além disso, o facto da nossa sede ter estado em Conacry – de um lado o nosso movimento foi taxado de comunista e de movimento de intelectuais. 7º Em 1962, o MPLA transfere-se para Kinshasa [ Leopoldville], onde depois é expulso em Setembro de 1963 depois do reconhecimento da GRAE pelo governo de Kinshasa [ Leopoldville ]. 8º O MPLA transfere a sua actividade para o Congo Brazzaville, e em 1964, inicia em Cabinda a luta armada revolucionária. Entretanto a luta que inicia com bastante entusiasmo com resultados positivos da parte do MPLA não consegue desenvolver-se, porque não houve adesão a luta que o movimento cometeu no inicio do trabalho naquele distrito. 9º Em 1964, o MPLA abriu as sua sede em Lusaka. Apesar das dificuldades que o MMPLA tinha do ponto de vista logístico, o MPLA conseguiu abrir a Frente Leste. 10º Pela 1ª vez na sua história, MPLA transformava-se um verdadeiro movimento de massa mobilizadas e que estavam preparadas para fazer com convicção a luta aramada revolucionaria. A adesão das, massas foi tal ordem, que de 1968 não só levamos a guerra a terceira região, nos distritos do Moxico e do Kwando Kubango, como também a quarta região, distrito de Lunda e Quinta Região, distrito do Bié. O povo recebeu bem o MPLA sem perguntar na origem ou prudência quer dos dirigentes do MPLA como dos responsáveis político-militares. 11º A crise na Frente Leste começou em 1968, quando em Se4tem,bro o inimigo iniciou a grande ofensiva, com a actuação combinada da força aérea ( aviões de reconhecimento, bombardeiros, aviões de transporte, helicópteros, infantaria, forças de quadriculas, caçadores especiais e comandos, forças da marinha, GEs, Tes, e milícias da PIDE. Aliado a todo este aparato havia ainda a estratégia da Guerra queimada ( destruição da alimentação com desfolhantes e herbicidas) a politica psico-social da recuperação a todos os escalões (politica da sanzala da paz).do nosso lado haviam faltas de varias ordem. A falta de especificação estratégica e táctica dos objectivos maiores da nossa linha estratégica fundamental – que era a generalização da luta armada. As dificuldades por parte dos nossos responsáveis político-militares de conhecer os elementos de uma estratégia a táctica operacional a seguir. A falta que tínhamos de material de guerra indispensável – todos estes problemas tiveram grande influencia nos nossos combates ; a falta por vezes de uma táctica quanto os objectivos a atingir, visíveis pelos guerrilheiros que já em si tinham uma deficiente preparação técnica de guerrilha, havia uma insuficiência no trabalho de mobilização de produção e consequentemente de alimentação dos combates, quer dizer, o problemas da fome a carência de audiência nos propósitos militares e a baixa nítida de combatividade, a impossibilidade do movimento em resolver os problemas sociais dos guerrilheiros - `` o alembamento ´´, o cansaço físico, a saturação de muitos quadros fez com que começássemos a ver a partir do fim de 1968 a deserção em massa de guerrilheiros e responsáveis. Todos estes problemas cuja analise nunca foi pelo MPLA, para que pudéssemos definir a cada etapa, a situação concreta da nossa luta, mostra que a orientação da direcção do movimento estava errada. 12º Além dos problemas políticos militares descritos é preciso realçar que o movimento é uma Frente, que tem no seu seio elementos vindos de todas as crianças que compõem a nossa sociedade. Este factor heterogéneo devia ser tomado em consideração. 13º O MPLA esqueceu um dos princípios fundamentas da sua linha politica – defender os interesses das massas mais exploradas. No Leste, o MPLA foi arrogante, não promoveu o homem da Frente Leste. O MPLA quis impor aquilo que os seus dirigentes achavam justos sem consultar a massa militante – por isto, houve sempre choques, no principio choques mais velados e mais tarde choques mais violentos o povo não foi respeitado, foi roubado, violado e sobretudo fuzilado sem julgamento a lista dos executados é grande, mas citaremos alguns: Daniel Etuna, Henrique Tomás, Paxanga, Lobito, Kapapelo, Lazaro Salomão, Avilahama Paulo, Agonio Machado, Chingogo, Sabino Paulo, Mukengue, Aspirante Lingante, Luanda e outros. Por outro lado, o povo não havia grandes perspectivas perante um inimigo que aumentava o seu potencial militar e por outro lado, povo sentia o MPLA como corpo estranho e a partir deste paralelismo de ideias começaram a fazer perguntas a si próprio. 14º Os problemas do movimentos começaram a complicar-se cada vez mais chegando-se mesmo a uma situação em que frustração dos quadros e o descontentamento no seio dos militares era de tal ordem, que no principio de 1973, a actividade politico militar do movimento estava parada. 15º Muita gente pensou que a crise do MPLA era o resultado dum conflito Neto e Chipenada baseado em acusações fúteis, porque houve sempre faltas de evidencias que desviaram os interesses dos militantes do trabalho real do movimento. A revolta do Leste foi mal interpretada por muitos militantes. 16º Os militantes do leste revoltaram – se porque depois de tantas humilhações de que foram alvo, depois de tantas injustiças feitas, quando souberam que o DR Neto tinha enfim, assassinado mais quatro camaradas sem julgamento: os comandantes paganini Carlos – os militantes resolveram dizer não, á direcção do movimento, não a Neto e exigiram uma assembleia regional, sempre no sentido de encontrar a unidade do movimento. A revolta do Leste ´´ luta para que o MPLA deixe de ser um movimento de intelectuais, mas que se confunda com as massa, aquelas que suportam o peso da colonização, bem como da própria guerra. Que o MPLA seja um verdadeiro movimento de massas, que considera a massa militante como ponto de partida e de chegada de toda a sua acção. Luta para que o MPLA defenda na verdade os interesses das camadas mais exploradas, os camponeses e os operários. Agostinho Neto estavam em serias dificuldades, e nem a utilização do triunfo do cessar – fogo com os portugueses, que Neto anunciaram aos congressistas, conseguiu diluir a nimosidade da maioria contra si. Teve que abandonar o conclave para evitar uma derrota copiosa. Sem a presenças de Neto, e com quatro elementos da `` Revolta Activa ´´ , como observadores, além de observadores africanos, como Marcelino dos santos da FRELIMO, Joseph Turnping do Paigc, o observadores da Zâmbia e outros, Daniel Julio Chipenda foi eleito Presidente do MPLA. Foi sol de pouca dura. A URSSS apôs .-se ao resultado de desfavorável a Agostinho Neto, Pressionando a Tanzânia de Nyerere, a Zâmbia de Kaunda e o Congo Brazzavile de Marien Ngouabi, todos sob a sua esfera de influência. A pressão foi no sentido de que, houve uma mini-cimeira, onde Agostinho Neto, continuaria como presidente e Daniel Chipende e Joaquim Pinto de Andrade como Vice Presidentes. Os soviéticos tinham investido muto em Agostinho Neto, que estira nos anos anteriores, cerca de três meses consecutivos na URSS, e não podiam abdicar facilmente da sua esfera de influência na balança complexa da guerra-fria. Por outro lado, os portugueses não escondiam a sua predilecção por Agostinho Neto, traduzir na assinatura do cessar - fogo com a sua fracção, em 231 de Outubro de 1974, que catapulou como interlocutor valido, às negociações de Alvor em Portugal, que conduziram Angola à Independência.EndFragment

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